A nossa história nos presépios da Bila Natal

Tema: Mina do Rebordolongo

Durante as Guerras Mundiais, houve uma enorme procura do Volfrâmio devido à sua utilidade como endurecedor de ligas metálicas para a construção de armas verificando-se verdadeiras “corridas ao volfrâmio” – ou ao “ouro negro”.

O solo português foi um dos mais explorados por empresas europeias, nomeadamente Francesas e Alemãs, e foi no Norte onde se minerou com maior intensidade.

Num contexto mais local, não fomos excepção, e em Novembro de 1910 foi concedida a licença de exploração a uma empresa francesa ( Société Civile d`Etude de Tous Gisements Miniers) para que, por tempo ilimitado, explorassem a Mina do Rebordolongo, situada na freguesia de Mouçós.

Com o passar dos anos e com o fim da Segunda Guerra Mundial, a procura por Volfrâmio desvaneceu o que levou ao abandono desta mina décadas mais tarde, acabando por ser parcialmente soterrada pela construção do IP4 na década de 90.

Toda esta analise foi a premissa para a realização de mais um presépio. A ideia passou por criar uma composição com os elementos utilizados na exploração mineira: As picaretas e os gasómetros representam o trabalho árduo, duro, humilde dos trabalhadores que extraiam o Volfrâmio e dessa forma cria-se a analogia com Maria e José; O Volfrâmio transportado no vagão representa Jesus Cristo, resultado da extração e entendido como um bem precioso e necessário.

U.F. Mouçós e Lamares | 2022

Curiosidade sobre o projeto